A inteligência artificial anda mexendo com o passado e Elon Musk também. Nos últimos dias, uma série de posts movimentou as redes sociais ao sugerir que o bilionário estaria interessado em relançar o Vine, antigo rival do TikTok. Mas será que isso é verdade ou apenas mais um delírio tecnológico?
Vamos destrinchar os bastidores dessa ideia, o que já foi dito oficialmente, os impactos possíveis e por que a inteligência artificial pode ou não ter tudo a ver com esse possível retorno.
O que é o Vine e por que ele sumiu?

Se você tem mais de 20 anos, com certeza se lembra de passar horas vendo vídeos curtinhos e engraçados no Vine, uma rede social que virou febre por volta de 2013. Ela funcionava como um TikTok primitivo: vídeos de até seis segundos, em looping, cheios de criatividade e memes que marcaram uma geração.
Apesar do sucesso, o Vine teve vida curta. Em 2017, o Twitter que era dono da plataforma resolveu desativar o serviço. O motivo? Falta de monetização e concorrência feroz. Criadores migraram para o YouTube, Instagram e depois TikTok, que acabou herdando o trono.
Mas… e o Elon Musk com isso?
Elon Musk e o Vine: onde essa história começou?
O burburinho começou ainda em 2022, quando Elon Musk fez uma enquete no X (antigo Twitter) perguntando se deveria trazer o Vine de volta. Quase 70% dos votos foram favoráveis. E como já sabemos, Musk adora transformar enquetes em decisões reais.
Desde então, a ideia nunca foi totalmente descartada. Em julho de 2025, fontes internas do X revelaram que a empresa teria começado a testar algoritmos baseados em IA para gerar vídeos curtos automaticamente, simulando estilos virais do Vine.
Sim, você leu certo: a ideia seria relançar o Vine, mas com conteúdo gerado por inteligência artificial.

Vine com IA: revolução criativa ou risco de repetição?
Segundo relatos vazados por desenvolvedores do próprio X, os testes envolvem o uso de IA generativa para criar:
- Roteiros de humor com base em tendências de vídeos antigos;
- Avatares digitais para simular criadores famosos;
- Edição automática com timing de comédia e trilha sonora ajustada por machine learning.
A proposta parece ousada e é mesmo. Mas especialistas alertam para os perigos: a IA pode acabar recriando padrões estereotipados, piadas ofensivas ou até conteúdos enganosos, como já aconteceu em outras plataformas.
Além disso, há uma questão ética no ar: vídeos de IA imitando pessoas reais podem levantar problemas de imagem e até processos judiciais. Será que Musk está preparado para mais essa bomba?

O público quer o Vine de volta?
A verdade é que a nostalgia vende. Mas relançar o Vine não é só uma questão de tecnologia. É sobre timing, comunidade e identidade. O TikTok já dominou o formato vertical. O Reels e o Shorts estão aí também.
Então, o novo Vine precisa se diferenciar. E Musk sabe disso.
Por isso, uma das apostas seria integrar o Vine ao X, como uma aba exclusiva para conteúdo gerado com ajuda de IA, dando destaque a vídeos rápidos, inteligentes e personalizados.
Mas será que o público está pronto para consumir humor criado por uma máquina?
IA + Entretenimento = futuro inevitável?
Não é de hoje que Elon Musk aposta alto em inteligência artificial. Seja com a xAI, sua empresa que promete modelos mais “seguros e conscientes”, ou com projetos como o Grok o rival do ChatGPT integrado ao X, Musk vem tentando moldar o futuro digital ao seu jeito.
Trazer o Vine de volta pode ser mais do que nostalgia. Pode ser um movimento estratégico para dominar o entretenimento com IA, em vez de apenas competir com TikTok ou Instagram.
A pergunta que fica é: queremos rir de vídeos que parecem humanos, mas não são? Ou ainda preferimos o toque imperfeito e imprevisível de quem está do outro lado da câmera?